quinta-feira, 4 de junho de 2015

Para estudar – “Trainspotting”

“Trainspotting”, “Diário de um adolescente”, “Kids” e muitos outros. A mesma história contada de formas diferentes: um anti-heroi confuso e equivocado, viciado em drogas, passando para a vida adulta. Destes, o primeiro é o mais visualmente violento e interessante.

A história e dividida claramente em duas partes: na primeira metade do filme é a adolescência – simbolizada não só pelas atitudes do protagonista, mas também por seu figurino e ambientação (notem nas roupas e quarto infantis); a segunda parte é o início da vida adulta, culminando no discurso final do protagonista.

Na primeira parte do filme, que é a mais interessante, é dominada por composições distorcidas – principalmente empregando lentes olho de peixe. Combinando com as tomadas distorcidas, temos também a escolha de uma palheta amarelada, colorida e desequilibrada. Nada mais adequado para contar a história do protagonista, Renton (Ewan McGregor).

Nessa parceria entre o diretor Danny Boyle e o cinematógrafo Brian Tufano o espectador é apresentado à várias metáforas visuais, das quais destaca-se a cena na qual Renton sofre em overdose: nessa cena, composta dor close-ups que chegam à escala da macro-fotografia, o espectador é levado para dentro da seringa e observa a heroína sendo derramada veia a dentro, como um líquido sujo que se esvai em um ralo de pia.






Abraços e boas fotos.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Filtro UV, o retorno - Desafio à oposição

Em um post anterior defendi o uso o filtro UV para proteger o elemento frontal da lente. Em contrapartida há na internet inúmeros fotógrafos de opinão contrária. Alguns defendendo o uso do para-sol para proteger a lente em lugar o filtro UV - uma idéia que qualquer um com um pingo de bom senso vai perceber que não funciona: ou preciso postar uma foto de uma grande-angular com seu minúsculo para-sol para demonstrar?

O argumento central desse pessoal de oposição é que o filtro UV é fabricado com vidro de inferior qualidade comparado com o a lente, portando afetando o desempenho da mesma.

Quero deixar claro que dou crédito a este argumento. Mas, mesmo assim, não considero essa perda significante. E mais, pior do que uma lente com filtro, é uma lente RISCADA.

Dizer que riscos na lente não aparecem nas fotos é meia-vedade. Pois, fotografando contra a luz os riscos aparecem, sim, nas fotos. Basta apontar uma lente riscada contra a fonte de luz e os riscos podem ser facilmente vistos pelo visor.

Fico impressionado pela quantidade de anúncios de lentes usadas com riscos no elemento frontal. Um rápida busca no mercado livre revela que mais da metada das lentes usadas à venda estão riscadas.

Isso acontece unica e exclusivamente por não se usar filtros para proteger a lente.

No mundo ideal, em que todos instalam um filtro UV em suas lentes antes de começar a usá-las, não haveriam lentes riscadas.

Para quem vislumbra alguma possibilidde de um dia vender suas lentes deve considerar este conselho para preservar o valor de mercado de seu equipamento.

Abraços e boas fotos

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Para estudar – "Bastardos Inglorios", cena de exposição da Operação Kino.

O Bang-bang-barra-filme-de-guerra, Bastardos Inglorios (Tarantino, 2008) reserva aos atentos expectadores uma pérola por volta de 1:04. Trata-se da cena na qual o tenente Archie Hicox (Michael Fassbender) se reúne com o General Ed Fenech (Mike Myers) para discutir os detalhes as Operação Kino. Uma cena puramente expositiva, ou seja, tem o propósito único de prover o espectador de uma explicação para que o enredo possa ser entendido.

No entanto, Tarantino inclui nessa cena vários outros elementos, como referências (e críticas) ao monopólio das produtoras americanas (judias), conteúdo histórico e até mesmo um certo diálogo com o filme O Grande Ditador (Chaplin). Tarantino é o rei das referências, dado seu monstruoso conhecimento sobre cinema.

Além disso, observamos nessa cena a cinematografia mais bem executada de todo filme. Mesmo após o estabelecimento do espaço os planos-sequência mantém tomadas abertas e com composição central, colocando ambos personagens a posição quase teatral (ou de monólogo). Esse tipo de recurso é muito incomum, pois é praticamente um dogma na escola de cinema americana, que um diálogo entre dois personagens deve ser composto por tomadas sobre os ombros, em planos fechados.



Vale a pena estudar essa cena com muita atenção, observando não só as escolhas de composição, mas também a iluminação e o enredo.

Recomendo também a leitura do artigo cujo link se encontra a seguir, para entender essa cinematografia gloriosa: http://mattscottvisuals.com/blog/2014/7/18/glouriousbasterds

Abraços e bons filmes.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Fotografar crianças (ou não...)

Tenho um pé atrás quanto a fotografara crianças em qualquer situação (exceto as mais obvias, como festinhas infantis, reuniões de família etc).

Acredito que 10 em cada 10 fotógrafos com a alguma experiência vão concordar comigo nessa recomendação: não se fotografa crianças sem autorização dos pais. Em algumas circunstâncias inclusive esse consentimento deve ser por escrito.

Não condeno os pais, pois eu também não ficaria confortável em ter um filho meu fotografado por um estranho.

Em reuniões amistosas – o que é totalmente diferente da fotografia de rua – com o mínimo de sensibilidade pode-se identificar quem será receptivo, ou não, à ideia de ter seu filho fotografado. Na dúvida, pergunte de forma amigável no contexto de uma conversa – evite chegar de surpresa atacando um “deixa eu tirar uma foto dela?”. Muito menos agressivo é primeiro deixar que o grupo se acostume com sua presença, antes de tomar a iniciativa. Ou seja, vá se aproximando e fotografando de mansinho ao redor do grupo. Demonstre uma atitude positiva e respeitosa. Quando o grupo se acostumar com sua presença tudo será uma questão de comunicação corporal do fotógrafo e dos pais.

Caso haja alguma sombra de dúvida, mesmo após uma resposta verbal, vá por mim, passe para outra.

Faça esse favor a si mesmo e evite inconvenientes.

Abraços e boas fotos.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Para estudar - "Solaris" Versus "A Origem"

"A Origem" é um dos filmes mais intrigantes dos últimos anos. A razão para isso é possivelmente a grande quantidade de buracos na história - pelo menos na história linearmente contada na tela.
Muitos consideram a história ruim, o que eu discordo. De qualquer forma, é um filme bem feito e muito divertido, principalmente porque dá margem a várias interpretações.

No centro da discussão está basicamente a seguinte pergunta: O desfecho do filme se passa num sonho ou realidade? Caso seja um sonho, quem está sonhando?

Todos têm sua teoria particular. A minha é a seguinte: Seguindo as pistas da cinematografia... Em close-up a personagem Mal (Marion Cotillard) não leva nenhuma marca de expressão no rosto -  pelo lisa photoshop. Além disso, A imagem de seus closes é sempre achatada/flat - estilo retrato com tele. Em contrapartida, note a fala de Cobb (Leo DiCaprio):

"I can't imagine you with all your complexity, all you perfection, all your imperfection. Look at you. You are just a shade of my real wife. You're the best I can do; but I'm sorry, you are just not good enough"

Então, devido às pistas visuais listadas acima e somando o discurso de Cobb, Devendo que Mal está realmente morta NA REALIDADE, mas continua viva como uma projeção nos sonhos de Cobb.

Esse conceito de 'existência como projeção' já foi abordado pelo clássico "Solaris" de Andrei Tarkovsky, 1972. Tal diálogo certamente não ocorre ao acaso, ou por coincidência ou descuido do diretor Christopher Nolan. Considerando a lógica de Solaris, Mal seria imortal no inconsciente de Cobb, retornando em um loop infinito (inclusive paradoxalmente, como vários outros elementos do filme), mesmo se fosse morta por Cobb.

Portanto, o fato de Mal não retornar no final do filme é, para mim, evidência suficiente de que Cobb está acordado e vivendo o momento na realidade.


 Discordem à vontade!

Abraços

terça-feira, 19 de maio de 2015

Filtro Polarizador – Parte 1 de 2

Sinceramente eu não entendia bem esse tipo de filtro até que recentemente comprei um óculos escuro com lente polarizada. Só então eu pude notar o enorme efeito da polarização das lentes.
Analogamente à aquisição de um par de óculos com lente polarizada, o vendedor vai ressaltar a neutralização dos reflexos. Entretanto, no universo fotográfico esse é o efeito menos relevante. Muito mais interessante é notar como esse filtro consegue recuperar a saturação das cores, eliminando com certa eficácia a aparência lavada que a iluminação do sol pode provocar num dia de céu limpo.

Já providenciei um filtro 77mm para minhas lentes. No final de semana farei alguns testes para ilustrar o efeito do filtro.

Por hora recomendo o vídeo abaixo para melhor entendimento.


Abraços e boas fotos.

sábado, 16 de maio de 2015

Para estudar - "A vida de PI"

A Vida de PI (Ang Lee, 2012) tem uma cinematografia lindíssima.
Nota-se fotte saturação e cores brilhantes, em contraste com a dramática aventura contada. A escolha da palheta de cores guarda forte relação com a cultura indiana, já que o protagonista, PI, é indiano. De alguma forma, a cinetografia lembra o estilo Kodacrome imortalizado pelo mestre Steve McCurry.

A belíssima cinematografia rendeu ao chileno, Claudio Miranda, seu primeiro Oscar de melhor fotografia, o que gereu enorme controvércia. já que o filme é praticamente todo criado por conputação gráfica - rendendo inclusive o Oscar de melhores efeitos visuais.

Cerca o filme também a polêmica sobre a negligência de Ang Lee (das produtoras em geral) às empresas de computação gráfica, o que é contado no documentário Life after PI.



Abraços e Boas fotos.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Comprando equipamento usado II – Relato de caso

Se vc não leu a “parte I” volte e leia. Eu espero aqui...

Para quem não tem pressa, garimpar equipamento no Mercado Livre pode ser uma ótima oportunidade de negócio. Há meses venho fazendo esse exercício com regularidade quase diária. Eu vinha buscando a Leica, que já mencionei anteriormente, e lentes tele com abertura f/2.8. Eis que na semana passada me deparei com um bom negócio no ARREMATE do ML. Eu nunca havia comprado por este método. Mas agora posso dizer que possivelmente seja o método mais interessante para o comprador.




Macete: Segurei a ansiedade, vigiei o item até quase o fechamento do leilão, e só dei o lance literalmente na última hora. Se todo mundo ficar dando lance muito antes do fim do leilão, o preço vai inflacionando, o que pode colocar o produto numa faixa que deixa de ser interessante. Essa estratégia é não é nenhuma novidade, provavelmente muitos já apliquem a mesma. Vale ressaltar que o vendedor tem o direito de rejeitar a compra se julgar o preço injusto – por sorte não foi o meu caso.




Então, após alguns meses de paciência e procura, consegui comprar esta belíssima Canon 70-200 f/2.8 L (não é a IS).

Todas as recomendações anteriores (e obvias) continuam valendo: comprei de um vendedor muito bem qualificado, escolhi um produto com fotos reais e em perfeito estado.

Abraços e boas fotos.




quinta-feira, 7 de maio de 2015

Opinião: Paparazzi – só existe porque alguém consome...

Tá ai uma profissão inútil e mal paga.

Paparazzi, nada mais é do que uma pessoa que ganha a vida invadindo a privacidade de gente famosa.

É perigoso – comumente mete-se em brigas, chegando até a perder câmera/lentes etc.

Ganha mal – salário fixo variando em torno de R$2500 (exceto para uma minoria). Fotógrafo de casamento facilmente tira mais.

Só existe essa profissão porque tem gente que consome os tabloides.

Sugestão: Que tal cada um cuidar de sua vida?

Abraços e boas fotos

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Comprando equipamento usado

Em grandes centros urbanos, principalmente em capitais, sempre há uma região onde se acumulam lojas de matérias fotográficos, entre as quais as que revendem equipamentos usados. Em São Paulo esse paraíso dos aficionados fica entre o Teatro Municipal e a Praça da república, principalmente nas Ruas 7 de abril e Rua Conselheiro Crispiniano.

Entre as vantagens e desvantagens de comprar equipamento usado em loja, destaco o seguinte:

(+) Comumente o material passa por alguma revisão
(+) Muitas vezes é oferecida alguma garantia
(-) Os preços acabam sendo mais ou menos tabelados. Mesmo assim é possível barganhar e encontrar boas oportunidades.
(-) Em São Paulo, Rio e BH esses aglomerados de lojas estão situados em regiões de centro-velho (devido ao fator aluguel), que são perigosas.

Dica: evite equipamentos com o status de item de colecionador, pois essa denominação só faz aumentar, e muito, o preço.

É possível também comprar equipamentos usados pela web, principalmente no Mercado Livre. Eu gosto muito dessa alternativa, e inclusive acho divertido garimpar equipamentos no ML – algo que faço, praticamente toda semana. A situação oferece prós e contras praticamente de forma inversas aos apresentados acima. No ML é possível encontrar ótimos negócios, oferecidos por pessoas que tem pressa em fechar negócio.



Para quem não precisa de equipamento com urgência, buscar regulamente no ML pode ser muito interessa. No momento, por exemplo, estou esperando “aquela” oferta para que eu possa finalmente adquirir uma Leica.

Abraços e boas fotos

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Para estudar – Fotojornalismo esportivo clássico - Neil Leifer e Walter Looss

Prezados leitores,

Me desculpem, mas essa semana estou extasiado estudando fotojornalismo esportivo dos anos 50 e 60. Assim, vou tomar a liberdade de adaptar um texto de meu outro blog.

Os fotógrafos da geração de Neil Leifer e Walter Looss vivenciaram a evolução do equipamento fotográfico, principalmente o aprimoramento dos modos semiautomáticos e lentes teleobjetivas, e com isso, definiram o estilo compositivo quem hoje define a fotografia de esportes.

Ponham-se no lugar deles: era uma época em que o fotógrafo disparava uma foto por vez e entre elas precisava carregar o filme (e eram duas voltas...). Nada de modo burst.

A técnica desses profissionais é invejável! De tão apurada os melhores conseguiam diferenciar variações de ½ ou ¼ de f-stop – algo impensável em tempos de fotografia digital, quando muitos se atem a obter um histograma ‘ok’.



Abraços e boas fotos.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Fotojornalismo Social – cobertura do Lançamento do livro Manual de Audiologia Pediátrica – Parte 2 de 2.

Parte final da série sobre fotojornalismo social.

Fotojornalismo social é um desafio técnico e criativo muito interessante. Cabe ao fotógrafo contar a história do evento através de imagens. Mas é preciso tomar o cuidado de não invadir a festa alheia, respeitando as pessoas que estão realmente comemorando o momento. Ou seja, fotografar sendo discreto. É muito fácil identificar quem quer, e quem não quer, ser fotografado. As melhores imagens virão, certamente, tendo uma atitude amigável – como sempre.

Dando sequência ao Equipamento:

Flash: 580EXII rebatido no teto (pé direito baixo), em potência quase mínima para economizar pilha, o que foi possibilitado por...

ISO: Variando de 800 a 1600. Que sorte temos nós, da geração digital, por poder usar ISOs altos, com boa qualidade e baixo ruído.

Modo: Prioridade de velocidade para contribuir com o flash e não ter que ficar mudando as configurações toda hora. Num evento desse tipo as pessoas estão o tempo todo se movendo, porém em baixa velocidade, assim, foi optado pela velocidade clássica de fotojornalismo, 1/125. Com isso, e combinado com o ISO alto, possibilitou capturar também uma quantidade razoável da iluminação local, o que ajuda muito a dar uma sensação mais real do evento – aquela coisa confortável que é a iluminação baixa das livrarias deste porte.

Não houve a solicitação do material impresso. Então, repassei as imagens finalizaras em JPG (corrigidas rapidamente em Lightroom rapidamente), para o departamento de Fonoaudiologia da Santa Casa de São Paulo, via dropbox apenas.




E foi isso!

Boa semana e boas fotos.




quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lightroom CC (ou 6.0)

Foi lançado ontem a atualização do Lightroom.

Para os usuários do creative cloud a nova versão se chama "CC".

Para aqueles que comprarem o software isoladamente a versão chama 6.0. Obs: Eu fico me perguntando porque, em sã consciência prefere pagar uma fortuna pelo software separado e sem direito a atualizações, podendo aderir ao creative cloud por apenas R$25,00/mês, Cada louco com sua loucura...

Pelo pouco que usei da nova versão já deu para notar que ela está consideravelmente mais rápida. A interface praticamente não sofreu alterações (pelo menos eu não notei nada). Há outras melhorias específicas na integração com PS e processamento de panoramas e HDR. 




Abraços e boas fotos

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Para estudar - "Roda Viva | Sebastião Salgado | 16/09/2013"

Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos brasileiros, senão o maior - eu coloco Araquém Alcântara juntinho.

Neste Roda Viva fala sobre seus fantásticos projetos com ênfase no projeto Gênesis.

Praticamente obrigatório para todos os amantes de fotojornalismo e das questões humanas e ambientais.

Um ótimo estudo para todos!


Abraços

sábado, 18 de abril de 2015

Fotojornalismo Social – cobertura do Lançamento do livro Manual de Audiologia Pediátrica – Parte 1 de 2.

Nessa série de 2 posts comentarei sobre fotojornalismo social, utilizando com estudo de caso a cobertura do Lançamento do livro Manual de Audiologia Pediátrica, ocorrida na Livraria Da Vila Shopping Higienópolis em 16/04/2015.

Comecemos pela escolha do equipamento:

Equipamento: Canon 5D Mark II mais o seguinte...

Lente: A Canon tem 2 ótimas lentes para esse tipo de situação, a 24-70mm f/2.8, que tem a vantagem da abertura, e a 24-105mm f/4.0, que tem a vantagem da meia-tele. Ainda há uma alternativa barata, que é a 28-135mm f/3.5-5.6, que em contrapartida é um pouco mais escura e consideravelmente mais lenta no autofoco, mas faz o trabalho. Para essa cobertura usei a 24-70mm por ser um espaço relativamente pequeno e escuro (típico de livraria).





Continua na próxima segunda.

Boa semana e boas fotos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Para estudar - "Traffic"

Amando, ou odiando, o nem-um-pouco-unânime Steven Soderbergh, precisamos admitir: ele é criativo.

Comumente diretores assinam suas próprias cinematográficas no início de carreira, mas Steven Soderbergh continuou a fazê-lo mesmo após atingir a maioridade profissional, como ocorre com o filme em questão.

Traffic é um ótimo exemplo do uso criativo do uso do balanço do branco. Em resumo, há dois núcleos ligados pelo tráfico de drogas: de um lado, um drama governamental e familiar americano colorido com azul-frio; e do outro a ambientação da rota do narcotráfico mexicano (e suas vítimas locais), colorido em amarelo supersaturado, como uma metáfora para ‘aridez’.

Não é um exatamente um filme revolucionário no uso de tal técnica, mas merece credito, até mesmo por ter sido rodado em um momento em que ainda não era tão popular a correção digital de cores.



Abraços e boas fotos.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Um tripé vagabundo tem o sabor do desgosto

Com o advento da fotografia digital o tripé (assim como a lente cinquentinha) caíram do status “necessário” para “desejável”.

Hoje qualquer DSLR (ou mirrorless) de entrada produz imagens aceitáveis mesmo em altos valores de ISO, dispensando o uso de tripé em muitas situações nas quais ele seria indispensável poucos anos atrás.

Mesmo assim, o tripé continua sendo uma ferramenta importante dependendo da técnica que se pretende aplicar, por exemplo, macro ou baixas velocidades.

O conselho de hoje é novamente para os iniciantes: Não se animem a comprar qualquer tripé baratinho no mercado livre. Falo por experiência própria, pois tenho um tripé de plástico de R$60 acumulando poeira. Bons tripés são geralmente de liga metálica, relativamente pesados e caros.

Portanto, antes de gastar dinheiro “só para ter”, avalie se você realmente vai usar o tripé para alguma coisa. Considere suas possibilidades. Se realmente for necessário, então compre um tripé descente. Prepare-se para tirar o caranguejo do bolso.





Nada a ver com esse post, a imagem abaixo mostra o “orgulho do papai aqui”: Nunca perdi uma tampinha de lente!

Abraços e boas fotos.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Snapseed 2.0

Foi lançado hj pelo Google a tão esperada versão 2.0 do Snapseed.
Para quem não conhece, Snapseed é um Mobile APP de edição de fotografia.
Em linhas gerais, pode-se dizer que o Snapseed é como se fosse um photoshop para celular.

Nossa opinião:
1) Quem não conhece está perdendo!
2) Snapseed é provavelmente o melhor APP de fotografia disponível no momento.
3) Dá um pau no photoshop mobile.
4) É de Graça!


Ninguém mais credenciado que Scott Kelby para falar desse APP tão interessante.





Abraços e boas fotos.

domingo, 5 de abril de 2015

Lightroom 5 - Conselhos para evitar problemas ao importar imagens

O Lightroom ainda apresenta muitos problemas de compatibilidade com dispositivos USB, como celulares e até mesmo de câmeras digitais. Aqui vão algumas dicas para evitar e/ou solucionar problemas comuns de importação de imagens:

1 - Mantenha o Lr atualizado. Várias atualizações foram desenvolvidas para resolver este tipo de problema.

2 - Se as atualizações oficiais não resolverem, não é recomendável instalar atualizações extraoficiais. Sabe-se lá o que elas farão com o Lr, ou o que virá junto...

3 - Se o problema persistir, uma alternativa é usar o software de importação original de sua câmera, e.x. EOS Utility, no caso da Canon.

4 - Evite importar imagens com seu celular conectado a uma porta USB. Celulares tendem a apresentar muita incompatibilidade com os softwares de importação de imagem. Portanto, desconecte seu celular antes de conectar sua câmera (isso ocorre tanto com o Lr, quanto com o EOS Utility).




Boa semana e boas fotos

segunda-feira, 30 de março de 2015

Para estudar - Gordon Willis, o Caravaggio de Hollywood

O domínio do 'Chiaroscuro' rendeu a Gordon Willis o apelido de "The Prince of Darkness".

A este homem o mundo deve obras primas da cinematografia como a trilogia Poderoso Chefão.

Os esquemas de iluminação de Gordon Willis mantêm uma intertextualidade muito interessante com as pinturas do período batrroco, principalmente as mais dramáticas, como as de Caravaggio.

Quanto maior o contraste, maior a tensão dramática, o que combina perfeiramente com a trilogia coppoliana.




O mestre  Gordon Willis se foi há quase um ano, mas sua influência ecoará por gerações de cimenatógrafos. Um exemplo claro de sua influência pode ser notado no seriado Breaking Bad. Ao longo das temporadas, o roteirista e produtor, Vince Gilligan, faz inúmeras referências à trilogia de Poderoso Chefão. Porém, a partir da quinta tempodada esquemas de iluminiação alá Gordon Willis passam a ser cada vez mais frequentes, marcando a transição do protagonista (Mr White/Heisemberg), que se torma cada vez mais sombrio.

Abraços e boas fotos.

Filtro UV para proteção - Vale a pena?

Para quem gosta de polêmica esse assunto não pode sair da pauta.

Há quem seja ferrenhamente contra o uso indiscriminado do filtro UV. Eu faço parte do outro time. Acho indispensável o uso do filtro UV. Na verdade algumas de minhas lentes nunca foram usadas sem filtro.
Meu argumento se resume à relação "custo-benefício".
Há perda de qualidade óptica (pequena ou considerável)? Sim. Mas, ainda assim, a proteção compensa.

E mais: Eu desafio qualquer um a demostrar perda significante de óptica qualidade usando um filtro que seja de razoável qualidade. Tenha em mente que na avassaladora maioria das vezes, suas fotos serão vistas pelo público em monitores não-calibrados, tablets, e telefones celulares. Lá se vai seu preciosismo.

Obviamente o filtro UV não protege de grandes acidentes, como a queda de uma lente. Mas, evitar esses acidentes dessa magnitude, em condições normais, é responsabilidade do fotógrafo.

O que o filtro UV vai evitar são os resultados de pequenos acidentes, que podem acabar sendo tão fatais quanto os grandes. Exemplos: Riscos, pequenas batidas (que resultariam em trincas), etc.

Muitos ótimos fotógrafos profissionais defendem o uso do parassol ao invés do filtro. Eu recomendo usar os 2 juntos.

Recentemente fui a um evento fotografar com a lente de um amigo que não usa filtros UV, nem parassol. Infelizmente em meio aos empurrões da multidão bati a lente contra numa porta. Fui uma batida bem leve, mas com força suficiente para danificar a própria rosca onde se afixam os filtros (a ironia...). Ou seja, se tivesse um filtro ocupando o seu lugar e dando suporte adicional, nada teria ocorrido com a lente. Mas agora é tarde e só resta chorar sobre o leite derramado...


Abraços e boas fotos. 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Para estudar - "The Babadook"

The Babadook é mais do que um simples filme de terror: A história é ótima, a atuação é comovente, e a cinematografia é contibui para a narrativa.



Este filme australiano, dirigido por Jennifer Kent, foi meu preferido de 2014. Não espere muitos sustos baratos deste filme, mas sim uma trama muito densa.

 A cinematografia de Radek Ladczuk lembra um pouco o expressionismo alemão de "O Gabinete do Doutor Caligari (Robert Wiene, 1920)", e também o influente look dos filmes de Tim Burton - principalmente por cauda da palheta de cores. Obseve os enquadramentos e perceba como os mesmos funcionam como ferramentas efetivas para contar a história.

Abraços e boas fotos

domingo, 22 de março de 2015

Street Photography - Dicas de segurança para não ter seu equipamento roubado

Não é aqui que vou ficar definindo Street Photography. Mas devo ressaltar o seguinte: eu acredito piamente que fotografar bem depende de treinamento, pois fotografar é um procedimento. Inspiração contribui muito pouco. Sair para fotografar a esmo PODE render boas fotografias, o que faz as chances aumentarem consideravelmente é estar preparado para aproveitar as oportunidades.



Segurança merece mais que um post, mas sim um curso inteiro. Por hora vou me restringir ao extremamente básico:


1) Não se meta a fotografar em locais sabidamente perigosos... O motivo é obvio: chances de ser assaltado são maiores em locais perigosos.


2) Toda câmera vem com correia por um motivo. Se não gosta da que veio com sua câmera, compre outra de seu gosto, mas use a correia! Ela proteje sua câmera de cair no chão e de ser puxada por algum ladrão.


3) Nunca coloque a mochila no chão! Abra, pegue o que tem que pegar, feche e ponha nas costas. Deixar no chão é facilitar o trabalho que quem está louco para pegar seu equipamento e sair correndo. Além disso, vc está tão concentrado fotografando e vai acabar esquecendo dela ali jogada no chão... Lembre-se do ditado: "a oportunidade faz o ladrão". Essa dica vale também para eventos.


4) Não pare no meio do caminho e/ou em campo aberto, pois isso o/a torna vunerável ao ataque. Sempre que possível, proteja as costas contra uma parede, poste, um companheiro etc.


5) Atitude! Não tente esconder a câmera, pq isso é impossível. Admita, é só sacar uma DSLR na rua e todos os olhos se viram para o fotógrafo - não adianta disfarçar.  Porém, é muito importante demonstrar uma atitude acertiva: "Sei o que estou fazendo, sei que estão me olhando, estou ciente do que me cerca, minha mochila está adequadamente fechada e nas minhas costas, e eu não estou desprotegido em campo aberto."


Que atire a primeira pedra quem nunca cometeu esses erros quando era iniciante! Mas agora que vc já está informado não há mais desculpas para não botar essas dicas de segurança em prática.

Abraços e boas fotos!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Para estudar - "Aqui é o Meu Lugar"

INTRO: O cinema incorpora outras formas de arte para compor sua própria:

A atuação vem do teatro.
      O roteiro vem da literatura.
            A trilha sonora vem da música.
                   A cinematografia vem da fotografia.

A edição une todas essas formas e torna o cinema uma forma única. Mas edição é tema para outro post...

Dito isto, gostaria de anuncia o início de uma nova seção, com dicas de filmes cuja cinematografia mereça destaque por algum motivo – em minha humilde opinião – e que valham a pena assistir para estudar fotografia. Postagens desta seção irão ao ar às quintas-feiras.

Neste primeiro post da série quero recomendar o filme “Aqui é o Meu Lugar” (2011). Direção de Paolo Sorrentino e cinematografia de Luca Bigazzi. Ambos não muito conhecidos por produções Hollywoodianas, porém com riquíssimo currículo de filmes italianos. Aqui é meu lugar tem umas das cinematografias mais belas que vi nos últimos tempos. Lindas paisagens ressaltadas com uso de lentes grande angular. A palheta de cores escolhida é bastante colorida e saturada, o que combina, de certa forma, com a jornada quase-conto-de-fadas do protagonista (vivido por Sean Penn). Lembra outro filme parecido “Peixe Grande”. De tão bela, a cinematografia chama atenção para si mesma e alguns momentos tal deslumbramento desvia a atenção da trama.



Abraços e boas fotos.



segunda-feira, 16 de março de 2015

Foto do dia - Segundona Braba

Foto do dia:



Esse é Juca, o cão do meu vizinho.

Segunda se foi. Só faltam 4 dias para o próximo final de semana.

Abraços e Boas fotos!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Fotografando em Paranapiacaba

Quem mora na região metropolitana de São Paulo e tem a fotografia como hobby possivelmente já foi fotografar em Paranapiacaba... Quem ainda não foi, deveria ir.



Paranapiacaba é um distrito do município de Santo André, no estado de São Paulo, no Brasil. Surgiu como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway, companhia esta que operava a estrada de ferro que realizava o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos e vice-versa (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paranapiacaba).



Trata-se de uma paisagem extremamente interessante de se fotografar. Mas infelizmente pela proximidade com a serra do mar, comumente se encontra sob neblina pesada. Porém não se deixe intimidar pela neblina.



Chegue perto o assunto e fotografe com lentes mais curtas ou macro.
Mais uma vez tiram vantagem os que fotografam em RAW, já que o ACR tem controles que ajudam a minimizar o efeito da neblina.

Curta o passeio e não deixe de tomar uma cachaça de Cambuci!



Abraços e boas fotos

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

RAW RAW RAW

Fico impressionada com a galera que do JPG...
Desapega dessa porcaria!
Quem tem DSLR e não fotografa em RAW está perdendo uma gama de poderosas ferramentas de composição.
Sim, o jpg-zinho no LCD de sua câmera pode parecer bonito. Mas pequenos ajustes de tom, cor e detalhe podem transformar uma foto boa em ótima.

Portanto, meu conselho hj é o seguinte: abandone o JPG (nem capture em RAW+JPG), e aprenda a usar um software de processamento RAW.



Eu uso Camera RAW (ACR) e Lightroom. Para quem quiser aderir, ai vai uma aulinha (por nada Adobe!)



Abraços e boas fotos

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Fotomontagem I de II

Nota: Post original de http://zulufotoebeisebol.blogspot.com.br/2015/02/fotomontagem-i-de-ii.html

Uma alternativa ao álbum estático é fazer uma fotomontagem com suas fotos.

Nessa série de 2 posts foi explicar passo-a-passo como a fotomontagem a seguir foi feita: 



Software: Nada extraordinário. Usei o Movie Maker (sim, o famigerado!).

1 - Importei as fotos usando "Adicionar Vídeos e Fotos"
2 - No menu Ferramentas de Vídeo, indiquei a duração de cada foto
3 - Adicionei títulos e Créditos
4 - Arrastei o arquivo MP3 para o projeto para incluir a música de fundo
5 - Exportei usando as configurações para Youtube
6 - Carreguei para meu canal
FIM

Tudo isso em menos de 10 minutos.
É muito fácil e divertido. Há uma série de outros recursos quem nem cheguei a explorar.



No próximo post vou dar uma dica de onde conseguir músicas Free e com direitos autorais liberados para quem quiser usar em suas fotomontagens.

Abraços e boas fotos


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Blogosfera, aqui me tens de regresso!

Voltei porque ainda falta conteúdo.
É muita gente comprando câmera achando que ela é mágica, automática e faz migre - dos que começaram comigo, poucos ainda gostam de fotografar com DSLR.
Selfies e filtros inundando a internet - filtro na minha opinião só serve para nivelar por baixo.
Picaretas ainda vendendo cursos falsas promessas.

O Vlog se popularizou e nós não vamos ficar pra trás!
Softwares estão muito mais baratos e eficientes.
A monetização ficou acessível e dá uma motivação extra.

Voltei porque estou empolgado!
... e vou compartilhar!

Chega de olhar. Vamos trabalhar!



Abraços e boas fotos

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Estamos de volta!

Querido diário, depois de quase 4 anos estou retomando as atividades do meu Blog. Estou muito empolgado e acredito que podemos fazer melhor dessa vez.

Tenho muitas coisas para dividir principalmente sobre fotografia!

Aguarde novos posts nos próximos dias!

Abraços e boas fotos!