No entanto, Tarantino inclui nessa cena vários outros elementos, como referências (e críticas) ao monopólio das produtoras americanas (judias), conteúdo histórico e até mesmo um certo diálogo com o filme O Grande Ditador (Chaplin). Tarantino é o rei das referências, dado seu monstruoso conhecimento sobre cinema.
Além disso, observamos nessa cena a cinematografia mais bem executada de todo filme. Mesmo após o estabelecimento do espaço os planos-sequência mantém tomadas abertas e com composição central, colocando ambos personagens a posição quase teatral (ou de monólogo). Esse tipo de recurso é muito incomum, pois é praticamente um dogma na escola de cinema americana, que um diálogo entre dois personagens deve ser composto por tomadas sobre os ombros, em planos fechados.
Vale a pena estudar essa cena com muita atenção, observando não só as escolhas de composição, mas também a iluminação e o enredo.
Recomendo também a leitura do artigo cujo link se encontra a seguir, para entender essa cinematografia gloriosa: http://mattscottvisuals.com/blog/2014/7/18/glouriousbasterds
Abraços e bons filmes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário