terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sony NEX-VG10: Será o futuro do vídeo semi-pró?

Recentemente a Sony lançou a NEX-VG10 em resposta à febre das DLSRs filmadoras. A NEX-VG10 é basicamente uma filmadora com sensor de DSLR, ou seja, a evolução natural deste nicho em direção a um sistema de captura que se aproxime da película. O conceito da NEX-VG10 seria oferecer os benefícios das DSLRs filmadoras (Canon 5D mk2, 7D, T2i e Nikon D90), sem as limitações intrínsecas dessas câmeras que, a priori, são fotográficas.
Considerando o universo das DLSRs, creio que a NEX-VG10 seria uma concorrente das Canon 7D e T2i, pois as três se utilizam do sensor com fator de corte aproximadamente 1,6x. Não sendo, portanto, alternativa para quem não abre mão da profundidade de campo uma fullframe.
De fato, a NEX-VG10 oferece grande vantagem em termos de ergonomia, inclusive com um visor articulado, e captura de som, contando com um belo mic acoplado e entrada para mic externo. Para usufruir destes mesmos recursos numa DSLR o consumidor necessita adquirir caros acessórios extras.
A NEX-VG10 inova também com seu sistema de lentes intercambiáveis semelhante aos das DSLRs. Entretanto, sua baioneta é própria para lentes da família NEX, ou seja, com a Sony infelizmente restringiu o uso de objetivas da família Sony Alpha com a necessidade de um adaptador adicional.
Falando em limitações, faltou incluir um follow foccus. Além disso, não encontrei informações para confirmar de a Sony conseguiu resolver o problema do efeito Alias, geralmente associado às DSLRs.
A NEX-VG10 chega ao mercado aproximadamente com o preço de uma Canon 7D. Por este motivo, creio que não despertará o interesse de consumidores que não se dispõem a pagar algo em torno do dobro de uma filmadora amadora comum, ou de uma DSLR de entrada, como a Canon T2i. Porém, parece muito tentadora para uso prosumer, já que oferece o sensor das DSLRs e alguns recursos não disponíveis nas mesmas.
O desenvolvimento da Sony NEX-VG10 aponta para um futuro em que entusiastas e amadores poderão usufruir de grandes sensores, exposição manual, lentes de grande qualidade, formatos de vídeo não compactados e preços camaradas. Que assim seja.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Curtas: Fotografando com filme, Rio de Janeiro e Greenpeace


Começando pela fotografia, que é o mais importante.
Essa semana estou fotografando com filme por dois motivos: Primeiro porque vim ao Rio de Janeiro a trabalho e prefiro não arriscar o equipamento digital, que tanto tempo demorei para juntar – o Rio e perigoso mesmo, como descreverei mais abaixo; Segundo porque é uma boa oportunidade para treinar exposição e foco manuais. Assim, estou mudido apenas de minha Canon AE-1 program, modelo 70’s, uma objetiva Canon FD 50 mm f/1.8 e um rolo de filme ASA 400, ou seja, estou no modo manual, baby. Devo admitir que fotografar com filme é divertido. Além disso, creio que é bom para o aprimoramento da técnica. Pois o filme nos força a prestar mais atenção nos detalhes antes de sair clicando. De qualquer forma, francamente, passado este devaneio e essa punhetação técnica, assim que chegar em São Paulo quero minha DSLR e minhas objetivas com auto-foco USM.

Rio de Janeiro
Tenho vindo ao Rio uma vez por mês. Tudo que se diz sobre o Rio de Janeiro é verdade, pode acreditar:
- O Rio é bonito?
- Sim, mesmo estando imundo ainda é bonito.
- O Rio é perigoso pra cacete?
- Sim, nitidamente perigoso. Sacou a carteira, celular, ou câmera, o pessoal já fica de olho. É sério!
- Carioca só pensa em levar vantagem?
- Sim. Nos serviços que costumo usar, como taxi, hotel, restaurante etc, só vejo gente querendo tirar vantagem/enganar/vender gato por lebre...
- A pizza do Rio é a pior do Brasil?
- Puta merda, é a pior do universo! A pizza carioca é, no mínimo, nojenta. Isso que eles usam de receio/cobertura só pode ser uma coisa: Vômito.
É como diz aquela música famosa: “O Rio de Janeiro continua mais-ou-menos”.

Greenpeace
E os caras do Greenpeace foram praticamente obrigar a Dilma a assinar um “documento” garantindo desmatamento 0% se ela ganhar a eleição... Pelo menos deveriam ter ido de nariz vermelho, porra! Não sou Dilmero, mas ai tb já tão avacalhando... Desmatamento Zero infelizmente é uma utopia, já que nenhum de nós leva uma vida absolutamente sustentável.
Não é o PV que tem um braço do Greenpeace. Flagrei panfletos no PV sujando as ruas no primeiro turno.
Receio que num futuro próximo o Greenpeace lute pela proibição do churrasco. Ai fodeu, entrarei para a ilegalidade, concertezamente!

Hj sem foto, pois estou fotografando com filme.

E já era.

sábado, 16 de outubro de 2010

Besouro: Um filme chinês

O filme Besouro (João Daniel Tikhomiroff, 2009) ilustra muito bem a mediocridade do cinema brasileiro.
Tirando a fotografia, que é bem interessante (sejamos justos é muito boa), todo resto é de ruim a péssimo. 
As atuações são ridículas, especialmente a do Besouro, que não serve nem para joaninha, na boa... Vale destacar a total falta de respeito em escalar um batalhão de atores e/ou dubladores cariocas para contar uma história que se passa no Recôncavo Baiano. Será que os produtores não sabiam que a Bahia também tem atores?
E o roteiro?! Já que não é nem drama, nem aventura, nem biografia, poderia ser um bom filme de ação. Mas ao invés disso temos uma história superficial, lenta e arrastada, que se apóia quase que unicamente em coreografias meia-boca e acaba de supetão, sem concluir porra nenhuma.  E se a intenção era usar a luta dos negros como pano de fundo, devo dizer que o roteiro falhou miseravelmente. A abordagem é superficial e extremamente maniqueísta.  Os personagens e seus dramas pessoais são tão mal compostos, que é impossível que o expectador se identifique ou sinta alguma compaixão. Ou seja, não dá para torcer pelo Besouro. Sinto muito.
A edição é uma piada de mau gosto.  Qualquer expectador mais ou menos atento pode perceber a descarada encheção de lingüiça, com planos seqüência desnecessariamente longos (quando não em câmera lenta), devaneio e lembranças. Parece-me que coube ao editor a missão de esticar a lenga-lenga até dar os 94 minutos.
Mas ruim mesmo é o áudio... O que esperar de um filme em que há uma falha de sincronização do áudio na cena inicial? E para completar a falta de verdade cênica, o filme é inteirinho dublado, inteirinho!
Poderia ter sido “O tigre e o dragão” brasileiro, mas mais parece um filme chinês das antigas: filme de luta com gente voando, roteiro vagabundo e dublagem mal sincronizada.
Com aquele monte de patrocínio fazer um filme ruim desse? Tenha santa paciência!
Mas a fotografia é boa mesmo, juro!

http://www.youtube.com/watch?v=W2QgxB5xw-k

domingo, 3 de outubro de 2010

Coerência: é pedir muito?!

Este tópico está relacionado com o processo eleitoral 2010, cujo primeiro turno ocorreu hj.
Em dia de eleição é bem desolador observar como a cidade fica suja com toda sorte de material eleitoreiro.
Mais desolador ainda é ver que até o Partido VERDE, PV, polui as ruas da cidade jogando seus santinhos no chão!
Que puta incoerência! Como querem salvar a Amazônia, que está lá na casa do caralho, se não respeitam nem as ruas das cidades onde seus próprios candidatos vivem!
A foto abaixo fala por si só.



Sobre a foto:
Canon Xti
Canon  50mm, f/1.8, 1/800s, ISO100

Tive certa dificuldade para fazer essa foto. Na verdade eu queria mostrar a imundice na frente de uma zona eleitoral. Porém, a polícia e os fiscais dos partidos ficaram de olho na minha movimentação... Fiquei com medo de dar merda... Assim, não deu muito tempo pra ficar planejando nada. Peguei a 50mm, f/1.8, mas me arrependi profundamente... O plano em foco aparente ficou muito mais estreito do que eu queria. Acabei cortando boa parte do fundo, pois ficou inútil de tão desfocado. Uma pena. A papelada espalhada ao fundo ajudaria na contextualização do assunto principal.

Abraços