sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Estudo de Caso: Fotografando Beisebol

No feriadão de 15/11 tive a oportunidade de fotografar o IV Torneio Nacional Iniciante de Beisebol, realizado em Ibiúna-SP (Também tive o prazer de participar como jogador!).

A galeria completa se encontra em http://picasaweb.google.com/beisebolbr

Como existem artigos e vídeo aulas sobre fotografia de esportes aos montes na rede, minha intenção não é pontuar a teoria desta modalidade fotográfica, mas sim relatar algumas constatações práticas.

Equipamento:

- Sigma 70-300mm f/4-5.6: Principal elemento desta jornada. Eu indicaria uma tele razoável para qualquer um que pretenda fotografar esportes de campo.

- Canon 50mm f/1.8: Levei para passear, mas não usei nenhuma vez. De qualquer forma, acho prudente carregar sempre uma lente super luminosa como essa.

- Canon 18-55mm f/3.5-5.6 (lente do kit): Usei muito pouco, apenas para fotografar grupos. Poderia ter sido útil para fazer panorâmicas do campo, mas o feed-back recebido em eventos anteriores mostrou que este tipo de fotografia não atrai o interesse do público.

- Canon Xti: Pelo menos aqui o fator de corte oferece grande vantagem. Um fator de 1.6x, como o desta câmera, transforma 300mm em uma super-tele 480mm. Não tenha dúvidas, com uma câmera de entrada e uma tele razoável já dá para fazer ótimas fotos de esportes.

- Monopé Manfrotto: A maioria das fotos foi feita com a câmera na mão, pois os jogos foram durante o dia e com o céu ensolarado, possibilitando velocidades relativamente altas. Mesmo assim, com a tele em 300mm tive que usar o monopé para velocidades menores que 1/640s. A vantagem óbvia do monopé sobre o tripé é a mobilidade.

Lições aprendidas:

- Memória limitada: Fui munido de apenas 1 cartão de memória de 4Gb, o único que eu tinha até então. Para um evento de 3 dias, não deu nem para o começo. Além disso, não levei meu notebook para descarregar as fotos à noite. Conseqüentemente, perdi muito tempo selecionando as imagens boas e apagando as ruins na hora. Além disso, não pude fotografar em RAW, tendo que usar JPEG, que a meu ver, é outro problema. Portanto, quem pretende fotografar esse tipo de evento com freqüência precisa de mais cartões de memória e, se possível, deve levar consigo seu notebook.

- Fotografando em JPEG: Para quem já se acostumou ao RAW, fotografar em JPEG é quase um retrocesso. O RAW permite corrigir a exposição em até aproximadamente 1,5 f-stop. O que seria muito útil nessa situação em que se movimenta muito e rapidamente, causando vários pequenos erros de exposição. Vamos às contas: 400 fotos por dia X 3 dias = 1200 fotos no total(*); em RAW cada uma teria aproximadamente 12Mb. Ou seja, um cartãozinho de 16Gb teria me salvado de fotografar em JPEG. Paciência. Não se economiza em carões de memória. [(*) Das 1200 fotos o aproveitamento foi de aproximadamente 40%, o resto era lixo)].

- Competindo com um zilhão de Compactas e Bridges: Para garantir a originalidade e o interesse do público é necessário ir além das compactas/bridges, aproveitando os recursos exclusivos das DSLRs. Pensando nisso, investi em closes, extreme-closes, foco seletivo/profundidade de campo e movimentos congelados – obtidos com altas velocidades (neste caso particular >1/800s). Embora este recurso possa até ser obtido com uma compacta, a grande maioria das pessoas não tem o mínimo de conhecimento fotográfico para obtê-lo (dá-lhe alfinetada).

- Use os modos de prioridade: Durante os jogos tudo acontece muito rápido. Ao contrário da fotografia still, nesta modalidade não dá tempo de pensar muito em abertura e velocidade. Então, para facilitar usei, sem pudor, os modos semi-automáticos de prioridade de abertura e velocidade (particularmente para seguir jogadores em movimento).

- Publique logo: Como estou acostumado a fotografar em RAW, perdi muito tempo cortando e corrigindo a cor e o contraste. Conseqüentemente, só publiquei as fotos 1 semana depois do evento e a ansiedade do público já havia passado. Se eu tivesse conseguido publicar no mesmo dia, certamente minha galeria teria bombado de visitas.

Saudações e até a próxima.

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